2010/02/27

Não há tempo.

E o Ontem de Ontem é o Hoje que Passou, de um Amanhã tão longínquo quanto o Passado.

Já tivemos esta conversa.

An Education


Dead inside, I am
- but I haven’t been killed.
Dead inside, I am.
-       and no one bothered to burry me.

And it is not exactly as if I actually died,
But more as if I herein am forced to live – or better, to exist – with Death within.
Dead inside, I am.
And a part of me was not amputated, but merely shut down to a subordinate and necrotic numb existence, spreading Death to everything that is around.

Let it be? Easier said than done, I am afraid…
For I’ve been to Paris
(and that goes for being extremely, intensely alive)
And in the dark I lie missing colours, for I wasn’t born blind…

And men in my life – well, in truth simply boys – keep suffocating me with doubts and passions and fears and complications that, quite frankly, I couldn’t care less for
When, reality stated, the only men I Loved – (pause) – he no longer is.

Dead inside, I am
… but I can’t see a way to get back to life.
Maybe, just maybe it is meant to be so. Exist dead without living or dying.

And, unfortunately, I did not go – for I am not Jenny
Nor was I good enough to stick to plan A
(and in this secondary type of crawling, day by day, I sadly am).

2010/02/25

Isto era demasiado bom para desaparecer numa janela do facebook.


adorava amar-te
e que tu me amasses também
01:18
também eu.
01:18
se calhar era o mais próximo da perfeição romântica que poderíamos ter
but it isn't so. ponto.
01:18
acho que te amo, num certo sentido...
01:18
sim... eu percebo
01:19
há muitas formas de amor
01:19
e nessa maneira acho que te amo também
mas digo Amar-te incondicionalmente, como se Ama a sério
01:19
por isso é que me sinto...
(silêncio)
estás-me a assustar.
eu ia dizer "por isso é que sinto necessidade de distinguir amor e Amor"
01:20
lol
eu percebo...
01:20
bem...
mais uma vez
vamos dormir?
01:20
só gostava de dormir
ultimamente ando acordada no sono
estou derreada
01:20
percebo-te, mais ou menos. mais menos do que mais, acho eu
01:21
ir dormir, vou, mas acho que não vou deixar de estar cansada de manhã
01:21
há muito tempo que não dormia tão bem como o tenho feito
01:21
para dormir temos a morte...
nem sonhas como te invejo
não ando a dormir nada, não posso dormir nada e quando durmo estou acordada.
01:21
isto é muita metafísica (ou tentativa falhada de...) para aqui
01:21
que queres? é o que há.
01:22
já podemos ir dormir? desculpa, estou...
estoirado
fisicamente (yay!)
acho que emocionalmente tãobem, mas acho que já me habituei, portanto...
01:23
tãobem
lol
tãobem tepercebo
e enfim, amando-nos mas não nos Amando, vamos nós dormir: tu descansando e eu ficando acordada. a vida é bela mas às vezes é triste.
01:24
somos uns génios incompreendidos. 

2010/02/16

a semana passada


Os what ifs perseguem-me, e só vivi 80 anos.
O que são 80 anos quando se tem o Mundo, diziam eles em jeito de pergunta (daquelas que não devem jamais ser respondidas)
Pois, para mim, são tudo.
O que é o Tempo?
É o que nos separa dos deuses.
O que é o tempo?
É sabê-lo, e ser mais que cadáver andante que espera a hora de se rever...
Com o Tudo. Não há Tempo. O tempo é o nada e eu sou o Tudo.

Não tenho alma se em mil bocados me parto e retorno à minha essência...
Sou o nada.
Sou um nada errante que, mais que tudo, teme te reencontrar.
Sou o Mar.
E não sei, de dia, o caminho de volta de onde vim.
(não fora um para o de onde for)

Tenho 80 anos de uma perfeição sinestésica e circular que não parece ter chão.
Nem tecto.
Nem horizonte
Nem sentido, para esse efeito, no deserto imenso do teu Amor em modo repeat.

Há algo sacro no tocar de leve do papel e escorrer tinta como quem discorre lágrimas e não pensamentos
(sem corpo, não consigo mais chorar)
E sussurrar-te ao ouvido baixinho as mais indecifráveis histórias de outros tempos
em que não havia Tempo nem História que as enquadrasse
nem saias rodadas, nem flores, nem sofrimento que ultrapassasse um ponto de exclamação

E ser ingénuo como a água era muito mais que Ser

incondicional
(é esta a minha existência, branca como um neologismo de fumo que não se conhece)
e faço cada vez menos sentido
inacabado
como o livro que te dediquei um dia
e não o leste. Pois não?
(in) DENIAL – a etiqueta que hoje te coloquei na testa.

Até amanhã.